Construímos o nosso blog ArticulandOuab... E seguimos em frente, lendo e escrevendo, pois "os pensamentos postos no papel não passam, em geral, de um vestígio deixado na areia por um passante: vê-se bem o caminho que ele tomou, mas para saber o que ele viu durante o caminho é preciso usar os próprios olhos"... pelo menos é o que diz Schopenhauer...

domingo, 12 de junho de 2011

A LEITURA

Alunos 4° série

Objetivo:
Perceber a importância da leitura tanto no âmbito escolar quanto na comunidade local, observando qual o tipo de leitura mais realizado, jornais, revistas, livros, internet, onde os alunos possam identificar o porquê da leitura.

Materiais:
Leitura do conto “E vem o sol” de João Anzanello Carrascoza.
Texto “A importância da leitura” de Franklin Ribeiro de Morais.
Leitura da canção “Letras” da Xuxa.
Disponibilizar aos alunos materiais diversos para leitura como jornais, revistas, livros de vários gêneros literários, internet com leitura orientada.
Pesquisa da Revista Nova Escola sobre a leitura.
Pesquisa prática da realidade escolar e comunitária.

Etapas de desenvolvimento


* Leitura e observação do texto a seguir:

E vem o Sol

João Anzanello Carrascoza
Tinham acabado de se mudar para aquela cidade. Passaram o primeiro dia ajeitando tudo. Mas, no segundo dia, o homem foi trabalhar, a mulher quis conhecer a vizinha. O menino, para não ficar só num espaço que ainda não sentia seu, a acompanhou.

Entrou na casa atrás da mãe, sem esperança de ser feliz. Estava cheio de sombras, sem os companheiros. Mas logo o verde de seus olhos se refrescou com as coisas novas: a mulher suave, os quadros coloridos, o relógio cuco na parede. E, de repente, o susto de algo a se enovelar em sua perna: o gato. Reagiu, afastando-se. O bichano, contudo, se aproximou de novo, a maciez do pêlo agradando. E a mão desceu numa carícia.

O menino experimentou de fininho uma alegria, como sopro de vento no rosto. Já se sentia menos solitário. Não vigorava mais nele, unicamente, a satisfação do passado. A nova companhia o avivava. E era apenas o começo. Porque seu olhar apanhou, como fruta na árvore, uma bola no canto da sala. Havia mais surpresas ali. Ouviu um som familiar: os pirilins do videogame. E, em seguida, uma voz que gargalhava. Reconhecia o momento da jogada emocionante. Vinha lá do fundo da casa o convite. O gato continuava afofando-se nas suas pernas. Mas elas queriam o corredor. E, na leveza de um pássaro, o menino se desprendeu da mãe. Ela não percebeu, nem a dona da casa. Só ele sabia que avançava, tanta a sua lentidão: assim é o imperceptível dos milagres.

Enfiou-se pelo corredor silencioso, farejando a descoberta. Deteve-se um instante. O ruído lúdico novamente atraiu o menino. A voz o chamava sem saber seu nome.

Então chegou à porta do quarto – e lá estava o outro menino, que logo se virou ao dar pela sua presença. Miraram-se, os olhos secos da diferença. Mas já se molhando por dentro, se amolecendo. O outro não lhe perguntou quem era nem de onde vinha. Disse apenas: quer brincar? Queria. O Sol renasceu nele. Há tanto tempo precisava desse novo amigo.
http://revistaescola.abril.com.br/leitura-literaria/era-uma-vez-contos.shtml

* Após a leitura deixar os alunos perceberem a importância de sentir-se bem com aquilo que se faz, de buscar coisas novas, caminhos diferentes, de ler para descobrir e viajar em um mundo novo, observar a descrição dos detalhes da história, em grupos os alunos vão dramatizar a história.

* Leitura do texto

A importância da leitura


Franklin Ribeiro de Morais

A leitura é a porta para a descoberta de novos conhecimentos. Desde a infância o homem desenvolve a mente, através da leitura, lendo desde gibis a livros de histórias infantis, com a continuação do hábito de ler, nos transformamos numa verdadeira fonte de informações, que devemos colocar em prática ao longo da vida, seja, no nosso dia a dia ou na vida profissional.
    Ler não significa identificar as palavras, mas fazê-lo ter  sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for relevante.
   Temos  que sempre nos mantermos em atividade, pois a mente parada, significa homem improdutivo e para exercitarmos nossa mente nada melhor do que a leitura de revistas, jornais, livros, poesia, romances e internet que são alguns instrumentos que devemos utilizar  para exercitar esta máquina tão importante que obtemos que é o cérebro.
   A importância da leitura é de extrema valorização em nossas vidas, podemos destacar alguns benefícios que vem a oferecer como:ampliar e integrar conhecimentos, enriquecer nosso vocabulário, facilita a comunicação e nos faz diferenciar o certo do errado.
   Quando o hábito de ler se torna presente na vida do homem ele se torna compulsivo de conhecimentos, pois, a cada livro a cada material lido, nos sentimos na necessidade de consumir mais e mais informações e conhecimentos, pois o mundo da leitura é infinito, sempre existirá algo para aprendermos e descobrirmos.
   A formação do homem, tanto no seu caráter tanto na sua personalidade, depende também, do quanto ele entende que a leitura é importante para sua vida. Hoje existem inúmeras pessoas analfabetas, que não possuem entendimento do certo, do justo, da verdade. Essas pessoas acreditam apenas nas palavras de pessoas que tem o poder da palavra, a leitura é poder, poder de acreditar em algo sabendo realmente no significado do que se acredita. Muitas pessoas querem homens sem entendimentos sem conhecimento das letras das formações das palavras, como os políticos, pois são presas fáceis de manipular. "Segundo Monteiro Lobato, um país se faz com homens e livros". 
Fonte:

* Após a leitura debate com os alunos sobre a importância de todos os tipos de leitura, não apenas da leitura realizada na escola, percebendo onde o hábito da leitura nos faz crescer.

* Observar as imagens



Debater com os alunos sobre o que estão vendo.


* Ler o canto Letras. Ouvir e assistir a música, após cantá-la com a turma.

Leitura - XUXA

De repente naveguei
Como o pirata da perna de pau
Num instante me encontrei
Defendendo jacaré no pantanal

Em seguida eu vivi
Uma história de amor ao luar
Cada dia uma aventura
A leitura faz a gente viajar

É bom voar nas asas da imaginação
É alimentar o corpo, a mente e o coração (Bis)

Lendo a gente pode ser
Tudo aquilo que a gente sonhar
Se conhece o mundo inteiro
Sem ao menos sair do lugar

Conhecemos as pessoas
E o que existe entre o céu e o mar
E numa lição de vida
Aprender pra depois ensinar






* Ler e conversar com os alunos sobre a pesquisa da Revista Nova Escola.

A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em 2008, mostra que o índice de leitura entre crianças acima de 5 anos cresceu. Segundo o levantamento, a taxa de leitura por pessoa foi de 4,7 livros lidos por ano. Em 2000, foi apenas de 1,8 livros. Entre os gêneros preferidos pela garotada estão à literatura infantil e a história em quadrinhos.
Crianças e jovens lêem mais que adultos. Leitores entre 11 e 13 anos lêem, em média, 8,5 livros por ano. Já entre as pessoas na faixa etária dos 30 anos, a taxa cai para 4,2 livros. A leitura de livros na infância é muito importante porque é a porta de entrada para mundo da escrita. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA explica: “Para as crianças pequenas, a escrita é apenas um conjunto de marcas em folhas de papel. Um adulto, ao ler uma história para crianças, faz com que essas marcas ganhem vida e os pequenos tenham acesso a tudo que mora dentro dos livros, como os contos de fadas e as lendas”.
Fonte Revista Nova Escola

* Realizar com os alunos uma pesquisa em nossa comunidade escolar e em nosso município. Os alunos irão perceber na prática como acontece a leitura na realidade próxima a eles. Serão elaboradas listas para as pessoas preencherem:

Sexo: ( )M  ( )F
Qual sua idade?____________
Você lê quantas vezes durante a semana?_________________
O que você lê? ( ) jornais  ( ) revistas   ( ) livros   ( ) na internet  ( )Outros
                                                                                                          Citar:
Qual o tipo de leitura que você mais gosta?________________
Quais os benefícios que a leitura traz para você?____________
* Depois da realização da pesquisa os alunos montarão gráficos que serão expostos na escola sobre os leitores da nossa cidade.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Educação Inclusiva

                                                                                                                              Miriam Bárbara Vogt[1]

Resumo
Para perceber melhor como é a educação inclusiva, onde teve seu início, o que a engloba, como a escola deve estar preparada para receber estes alunos, foi realizado um trabalho de observação com a turma parceira, visitas a escola da APAE, além de pesquisas sobre o assunto. A educação inclusiva é um desafio a todos os professores. Mas um desafio que precisa ser superado, não se pode ficar de braços cruzados é preciso conhecer cada tipo de deficiência e buscar maneiras de auxilio para estes alunos. A inclusão proporciona o convívio com a diversidade e precisamos estar prontos para conviver com as diferenças.

Palavras chave: educação inclusiva, acessibilidade.

Introdução

Como futura educadora, ao entrar em sala de aula para observar a turma parceira, percebi que deveria saber mais sobre a educação inclusiva, ao perceber ali alunos com alguma necessidade especial. Cada vez mais presentes no ensino regular, os alunos com necessidades especiais buscam sua independência, sua autonomia, exigindo que a educação inclusiva, seja assim em todos os lugares, tanto na escola, quanto na comunidade.
            Como a cada ano aumenta significativamente o número alunos com necessidades especiais matriculados nas escolas regulares, percebe-se que os professores necessitam saber como lidar com estas situações em sala de aula, buscar conhecimentos novos, principalmente sobre estes alunos com necessidades especiais. Segundo Evans (1999), as pessoas com necessidades educacionais especiais são aquelas cujas escolas não podem educar efetivamente sem apoio adicional.
            Para aprofundar as discussões, apresentam-se inicialmente algumas questões sobre Educação Inclusiva, acessibilidade, o ambiente físico e digital.

1. Educação Inclusiva

            A Constituição de 1988, assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) destacam a importância e urgência de promover-se a inclusão educacional como elemento formador da nacionalidade.
            A Educação Inclusiva, que foi marcada pela Conferência Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, que aconteceu na cidade de Salamanca (Espanha) em 1994, teve como resultado a Declaração de Salamanca (1994), onde “acolher todas as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras” foi o acordo. Desde então, tem sido construída a política de inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular, pelo Ministério da Educação - MEC. Esta é uma oportunidade para o aperfeiçoamento da educação regular, pois beneficia a todos os alunos, com ou sem deficiência(Mantoan, 2003).
            A educação deve estar sempre se renovando. Para tanto os professores devem procurar formas diferentes de fazer com que os conhecimentos cheguem até os alunos. Sendo criativos, não tendo medo de novos desafios, conhecendo seus alunos, a sua comunidade, saber sobre as deficiências e como trabalhá-las em sala de aula é um passo muito importante para receber a todos os alunos com algum tipo de necessidade especial.
            Os pais deveriam trabalhar desde a infância de seus filhos o respeito pelo próximo, para então quando chegarem à escola e se depararem com colegas especiais, que sempre terá uma limitação e para que não haja nem um tipo de discriminação em relação a estes alunos, vem auxiliá-los na inclusão, já que a escola deve adequar-se aquelas crianças e aceitá-las como são. Esse tipo de conscientização é algo que leva tempo, mas seria muito bom se desde logo pelo menos os professores conseguissem incutir em seus alunos esse comprometimento.
            Podemos observar a realidade de alunos com necessidades especiais na APAE Novo Amanhã de Cerro Largo aqui de nossa cidade, onde conversei com a diretora Katiuska Sulzbacher, que nos contou um pouco sobre o trabalho realizado ali. A escola APAE é uma escola de educação especial onde os alunos são trabalhados principalmente para terem sua independência, sua autonomia, além de prepararem os alunos para rede regular de ensino. Por ser uma escola de educação especial possui todo acompanhamento necessário para as pessoas com deficiência, como fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga, pedagoga.
            Nossas escolas regulares de ensino não possuem essa estrutura, portanto os professores é que precisam descobrir maneiras de como auxiliar seus alunos para as atividades mais simples do dia-a-dia, como por exemplo, ir ao banheiro. A educação inclusiva está aí e precisamos aprender a ensinar de formas diferentes, incluindo todos na educação. Existem diversas jogos pedagógicos que auxiliar este processo.

2. Acessibilidade

            Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), acessível é “espaço, edificação, mobiliário ou elemento que possa ser alcançado, visitado e utilizado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência”. O termo acessível sugere tanto a acessibilidade física como a de comunicação.

2.1 O ambiente físico

            Na escola, um meio físico acessível pode transformar a possibilidade de integração entre crianças e o seu desempenho. Os ambientes inacessíveis são fator principal na dificuldade de inclusão na escola para as pessoas com deficiência e podem determinar que alguns sejam excluídos alem do convívio social, também do mercado de trabalho. Essa falta de acesso pode reforçar uma deficiência valorizando um impedimento ou torná-la sem importância.
            Os problemas mais encontrados por estes alunos referem-se à locomoção até a escola e em suas dependências, o manuseio de materiais escolares, de instrumentos de leitura e escrita, além da comunicação com colegas e professores.
            As escolas precisam adequar-se para receberem a todos os alunos com necessidades especiais diferentes uns dos outros, onde eles possam caminhar, brincar, desenvolver-se.
            Um ambiente físico que satisfaça cada necessidade seria necessário para receber os alunos. Espaço mobiliário adequado, acesso as salas de aula, ao computador, ao banheiro com autonomia. Coisas simples, mas que fazem uma diferença muito grande para aquelas pessoas com necessidades especiais. O que vemos nas escolas são os professores e funcionários se desdobrando para auxiliar os alunos.
            Em nossa cidade podemos observar que as escolas possuem rampas de acesso para os alunos com deficiência motora e visual. Além disso, as ruas também estão recebendo rampas de acesso em vários lugares.  O entorno da escola também deve possibilitar o direito de ir e vir a todos os cidadãos.

2.2 Digital

            A acessibilidade e a usabilidade podem facilitar a Educação Inclusiva, com o uso das tecnologias da informação e da comunicação. Existem muitas ferramentas que auxiliam na superação destas desigualdades, auxiliando também na inclusão social.
            A internet que é uma rede que permite a comunicação com todos vem cada vez mais criando e disponibilizando novos espaços virtuais onde acontece a interação, comunicação e o desenvolvimento permitindo além da inclusão social, também a digital. Cada vez mais os criadores de softwares e hardwares dedicam-se em superar as dificuldades, favorecendo o processo de inclusão. Na frente de um computador, os alunos que possuem dificuldades e limites poderão desenvolver várias habilidades que visam favorecer seu processo de aprendizagem e descobrir que seu mundo está cheio de possibilidades. Menezes(2006) afirma que “a busca pela superação dessas dificuldades e limitações aumenta a auto-estima e a crença em suas capacidades.”
            Para tanto a comunidade escolar deve participar ativamente, para a inclusão dos alunos valorizando a convivência, possibilitando assim o crescimento individual e em grupo.
            A vida se tornou bem mais fácil por exemplo, para o aluno cego, que agora escreve e lê os textos digitalizados através do leitor com sistema sonoro, sem necessitar da ajuda e da disponibilidade de outros. Ou para o estudante com dificuldade de locomoção, que faz uma pesquisa na internet, sem precisar buscar por várias bibliotecas. Para o aluno surdo, sites com a tradução em libras. Jogos pedagógicos para pessoas com deficiências. Para pessoas com deficiências físicas, por exemplo, sem um braço, existem equipamentos que auxiliam no manuseio do computador. Ganhou-se em autonomia, em rapidez e na equiparação de oportunidades. Para isso, é necessário que a tecnologia esteja adequada às necessidades técnicas para acessibilidade digital.
            Em nossas escolas ainda não contamos com a acessibilidade digital. Mas é importante conhecermos, pois sabemos que na informática os alunos possuem uma facilidade muito grande e o professor precisa saber auxiliá-los.

CONCLUSÃO

            A inclusão é muito importante tanto para a sociedade quanto para a educação. Mas para que todos possam aceitá-la é preciso que as diferenças sejam aceitas. Com a educação para todos temos a chance de construir um mundo melhor para todos, onde não haja excluídos.
            Mas ainda vem sendo um desafio para escolas e alunos com necessidades especiais. As escolas precisam estar preparadas fisicamente e didaticamente para receberem estes alunos. Qualificar o acesso e o processo de ensino/aprendizagem, buscando novas formas de planejar e organizar, trazendo a transformação é o que devemos buscar incluindo a todos.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica / Secretaria de Educação Especial. MEC; SEESP, 2001.

Camisão, Verônica.

Evans, P. Algumas implicações da obra de Vygotsky na Educação Especial. In: Daniels, H. (org), Vygotsky em foco: pressupostos e desdobramentos. Campinas, SP: Ed.Papirus, 1999, 4ª edição. p. 69 – 89.

MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão escolar- o que e? Por quê? Como fazer?. Campinas. 2003.

Menezes, E. da C. P. de (2006). Informática e Educação Inclusiva: discutindo  limites e possibilidades/ Santa Maria Ed. Da UFSM.


WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997.








[1] Aluna do curso de Pedagogia pela UAB, UFPel.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Poema e imagem


Inspirada no quadro os "Os Girassóis" do artistaVan Gogh.Gostei desta obra e após  fazer uma leitura breve sobre a vida do mesmo na tentativa de expor o meu entendimento sobre  o que os girassóis me inpiraram  dentro da tarefa solicitada:

 Os Girassóis
Sua cor o ouro  reluz
Se reluz, a todos seduz
Um girassol é um dia de sol.
Girassol colorido, alegria
Dia sem sol , tristeza
Como está o seu dia?
Tem sol, tem sal?
Tudo mal, não ganhou o anel
Recebeu um girassol
A ganância fez mal
 Despedaçou-se o girassol !











quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Cartomante

Muitos são os mistérios, coisas, fatos que nos deixam acreditar que entre o céu e a terra há coisas inexplicáveis, argumento usado por Anaí para justificar sua consulta a uma cartomante.
Logo após um maravilhoso carnaval, novamente .Anaí encontra-se com Cauãm e conta-lhe que ouvira de uma mulher:
- Cuidado mais vale ameaça de Nécio do que do .traidor.O traidor anda sempre com medo.
Isto a deixou nervosa e desconfiada foi aí que decidiu consultar uma cartomante. Esta dizia saber tudo com certeza.”As cartas não mentem”.
- Com ela tive revelações verdadeiras. Não ria de mim Cauãm, você não imagina quanta reza, jejuns e simpatias eu já fiz para você não me esquecer, por favor, acredite te amo demais.
Cauãm ouviu-a atentamente, pegou-lhe as mãos e abraçou-a contra o peito e jurou-lhe amor eterno.
Ali mesmo antes de saírem do motel ele pediu que ela tivesse cuidado que o amor dos dois fosse mais secreto para que o marido dela não desconfiasse. O amante perguntou-lhe o endereço da cartomante, ela deu-lhe o endereço e insistiu que esta adivinhara tudo por isso estava feliz e tranqüila. Despediram-se calorosamente e cada um em um táxi foram para suas casas.
No caminho ele relembrou de suas crendices de infância e juventude. Misturou superstições com religião surgiram-lhe mil dúvidas, mas nada comentou.
Quando Anaí desceu do táxi ouviu um desconhecido dizer:
- Apenas em pensar em trair já é uma traição. Traição consumada é como bomba relógio tem hora certa para explodir.
Vitório, o marido de Anaí, e Cauãm eram amigos desde os tempos de escola. Na juventude cada um havia seguido carreira diferente. Vitório era administrador de empresa, sempre atarefado ou cansado só tinha tempo para a mulher se tivesse alguma visita .Ela linda graciosa viva e de fino trato. Cauãm casado  muito jovem com Eli, que somente se preocupava em fazer ti com as amigas, jogar bingo, seu divertimento preferido. Em nada combinava com o marido. Ele era um simples funcionário público, que amava a vida e gostava de divertir-se.
Nos fins de semana os casais passaram a encontrar-se e houve uma certa convivência e até certa intimidade.
Tempos depois, num desastre,  morreu a mãe de Cauãm. Ele ficou entre a vida e a morte precisava de cuidados e companhia. Vitório seu melhor amigo cuidou de tudo com muito esmero. Aí foram muitas as oportunidades de Anaí aproximar-se dele. Passava horas ao lado dele, lendo livros, auxiliando nos curativos e depois fazendo passeios no bosque, enfim,foi neste vai-vem que Cauãm desejou-a como mulher.
No aniversário de Vitório recebeu de presente de seu amigo  uma belíssima bengala e de sua esposa  um cartão comum com  recado vulgar. Para o bom entendedor meias palavras bastam, filosofou Vitório
Vitório e Cauãm continuavam amigos até que num dia de muito entusiasmo e euforia, Cauãm recebe um bilhete anônimo.
Anaí com medo e desconfiada por ter cessado as visitas e os favores ao marido foi se afastando de seu amado. Mais bilhetes apareceram. Os amantes resolveram então se separar por algumas semanas, dar um tempo.
Sem novidades passaram-se alguns dias, quando no trabalho Cauãm recebe um bilhete a mando de Vitório:
 -Vem já aqui na minha casa e não demore.
Era meio dia, ficou alucinado, não sabia o que fazer, resolveu buscar uma solução com a cartomante. Entrou no carro e em segundos estava na casa da cartomante para aliviar aquele pesadelo. Como num passe de mágica todo seu nervosismo foi-se esvaziando enquanto ouvia palavra por palavra por fim ela acrescentou: é só inveja, porém é necessário cautela. Pagou-lhe mais do que lhe cobrara.
Às pressa sentou no carro e foi a casa de Vitório.Agora confiante de que nada de mal lhe aconteceria .Bateu na porta e ela por si só abriu, viu uma tragédia. Anaí ,ensaguentada no chão sem vida. Atirou-se desesperadamente sobre ela. Aparece Vitório e  com vários tiros deixa-o sem vida. O amor é cego, não ouve, não sente, é escravo da paixão.

terça-feira, 10 de maio de 2011

UNIÃO DAS LINGUAGENS AUDITIVA, VISUAL E VERBAL

..."Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo."
                                      Clarice Lispector 

 Que mesmo em meio ao silêncio profundo

domingo, 8 de maio de 2011

A POESIA EM NOSSAS ESCOLAS

             Com a leitura do texto "Brincando com as palavras" percebe-se claramente que a aproximação com o mundo das letras, o ouvir histórias, versos, canções, todo esse incentivo que os alunos trazem de casa, os auxiliará durante toda a caminhada na escola. Esse "mundo da imaginação" que a criança "vive" nos primeiros anos de escola deve ser aproveitado ao máximo. Diferentes tipos de textos aguçam a criatividade das crianças. Adoram versos com rimas, cantos, que geralmente aprendem em casa com a família.
No entanto, para que elas se interessem realmente pela poesia é preciso que além da leitura também pratiquem a escrita da poesia. Uma técnica interessante é deixá-las escolher algumas palavras, por exemplo, dez palavras. Com estas palavras, num primeiro momento a criança brinca, joga, vai escrevendo sem se preocupar com a rima. Já num segundo momento, ela tenta procurar outras palavras que rimem com estas já escolhidas anteriormente. Dessa maneira tanto as crianças que nunca tiveram contato com poesias, como outras que já tiveram irão se sentir a vontade nesta brincadeira com as palavras.
As poesias em nossas escolas são pouco exploradas. Alguns alunos mesmo sem o incentivo familiar são capazes de realizar bons trabalhos brincando com sílabas, palavras, rimas, declamando ou cantando. O professor precisa oportunizar situações que coloquem a criança de forma prazerosa no contexto da "brincadeira", produção de trabalhos com rimas cantadas ou declamadas. Conforme a produção  dos alunos, podemos realizar encenações grupais ou individuais. As crianças se empolgam, levam a sério, melhoram a dicção, tornam-se mais comunicativas, mais espontâneas, tornam-se mais receptivas às idéias dos colegas. A poesia é uma forma de interpretar o mundo que nos rodeia. É um outro prisma  de comunicação e expressão.
Com certeza, a poesia traz consigo uma forma bem diferente de se expressar. E as crianças gostam de se envolver neste tipo de texto, onde as rimas, as lendas, a brincadeira com as palavras, tudo toma sua forma. Como no verso:
“Quero cantar e dançar
Tomar banho de chuva
Correr pela rua
Plantar um girassol (...)
(...) Quero ouvir muitas histórias...
E também contar as minhas!”
do livro Vida do meu jeito...Não importa como! de Léia Cassol e Giana Lorenzini, onde o sujeito descreve o que gosta de fazer.
O professor precisa levar a poesia para a sala de aula. Mas poesias ricas, interessantes, intrigantes, que apontam para o lúdico. Poesias com sonoridades, rimas, cadências, poesias desafiadoras, poesias que provoquem questionamentos, poesias que promovam jogo de interpretações.
Ao trazer a poesia para o contexto escolar o professor abre espaços para a imaginação, sensibilidade, interação e reflexão. E juntos, educador e alunos podem fazer jogos orais, brincadeiras rítmicas, jogos dramáticos, recitais, festivais e saraus, lendo, ouvindo, curtindo, construindo e desconstruindo. Afinal, para que servem as poesias?
E Sylvia Orthof nos diria:
"Ora, poesia é pra gente nadar dentro, ler, reler, ouvir. Tal como certas músicas, algumas poesias precisam ser conhecidas, relidas, ouvidas, bailadas... até tornarem-se frutas maduras do formar das delícias!".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...”

Mário Quintana