Construímos o nosso blog ArticulandOuab... E seguimos em frente, lendo e escrevendo, pois "os pensamentos postos no papel não passam, em geral, de um vestígio deixado na areia por um passante: vê-se bem o caminho que ele tomou, mas para saber o que ele viu durante o caminho é preciso usar os próprios olhos"... pelo menos é o que diz Schopenhauer...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Poema e imagem


Inspirada no quadro os "Os Girassóis" do artistaVan Gogh.Gostei desta obra e após  fazer uma leitura breve sobre a vida do mesmo na tentativa de expor o meu entendimento sobre  o que os girassóis me inpiraram  dentro da tarefa solicitada:

 Os Girassóis
Sua cor o ouro  reluz
Se reluz, a todos seduz
Um girassol é um dia de sol.
Girassol colorido, alegria
Dia sem sol , tristeza
Como está o seu dia?
Tem sol, tem sal?
Tudo mal, não ganhou o anel
Recebeu um girassol
A ganância fez mal
 Despedaçou-se o girassol !











quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Cartomante

Muitos são os mistérios, coisas, fatos que nos deixam acreditar que entre o céu e a terra há coisas inexplicáveis, argumento usado por Anaí para justificar sua consulta a uma cartomante.
Logo após um maravilhoso carnaval, novamente .Anaí encontra-se com Cauãm e conta-lhe que ouvira de uma mulher:
- Cuidado mais vale ameaça de Nécio do que do .traidor.O traidor anda sempre com medo.
Isto a deixou nervosa e desconfiada foi aí que decidiu consultar uma cartomante. Esta dizia saber tudo com certeza.”As cartas não mentem”.
- Com ela tive revelações verdadeiras. Não ria de mim Cauãm, você não imagina quanta reza, jejuns e simpatias eu já fiz para você não me esquecer, por favor, acredite te amo demais.
Cauãm ouviu-a atentamente, pegou-lhe as mãos e abraçou-a contra o peito e jurou-lhe amor eterno.
Ali mesmo antes de saírem do motel ele pediu que ela tivesse cuidado que o amor dos dois fosse mais secreto para que o marido dela não desconfiasse. O amante perguntou-lhe o endereço da cartomante, ela deu-lhe o endereço e insistiu que esta adivinhara tudo por isso estava feliz e tranqüila. Despediram-se calorosamente e cada um em um táxi foram para suas casas.
No caminho ele relembrou de suas crendices de infância e juventude. Misturou superstições com religião surgiram-lhe mil dúvidas, mas nada comentou.
Quando Anaí desceu do táxi ouviu um desconhecido dizer:
- Apenas em pensar em trair já é uma traição. Traição consumada é como bomba relógio tem hora certa para explodir.
Vitório, o marido de Anaí, e Cauãm eram amigos desde os tempos de escola. Na juventude cada um havia seguido carreira diferente. Vitório era administrador de empresa, sempre atarefado ou cansado só tinha tempo para a mulher se tivesse alguma visita .Ela linda graciosa viva e de fino trato. Cauãm casado  muito jovem com Eli, que somente se preocupava em fazer ti com as amigas, jogar bingo, seu divertimento preferido. Em nada combinava com o marido. Ele era um simples funcionário público, que amava a vida e gostava de divertir-se.
Nos fins de semana os casais passaram a encontrar-se e houve uma certa convivência e até certa intimidade.
Tempos depois, num desastre,  morreu a mãe de Cauãm. Ele ficou entre a vida e a morte precisava de cuidados e companhia. Vitório seu melhor amigo cuidou de tudo com muito esmero. Aí foram muitas as oportunidades de Anaí aproximar-se dele. Passava horas ao lado dele, lendo livros, auxiliando nos curativos e depois fazendo passeios no bosque, enfim,foi neste vai-vem que Cauãm desejou-a como mulher.
No aniversário de Vitório recebeu de presente de seu amigo  uma belíssima bengala e de sua esposa  um cartão comum com  recado vulgar. Para o bom entendedor meias palavras bastam, filosofou Vitório
Vitório e Cauãm continuavam amigos até que num dia de muito entusiasmo e euforia, Cauãm recebe um bilhete anônimo.
Anaí com medo e desconfiada por ter cessado as visitas e os favores ao marido foi se afastando de seu amado. Mais bilhetes apareceram. Os amantes resolveram então se separar por algumas semanas, dar um tempo.
Sem novidades passaram-se alguns dias, quando no trabalho Cauãm recebe um bilhete a mando de Vitório:
 -Vem já aqui na minha casa e não demore.
Era meio dia, ficou alucinado, não sabia o que fazer, resolveu buscar uma solução com a cartomante. Entrou no carro e em segundos estava na casa da cartomante para aliviar aquele pesadelo. Como num passe de mágica todo seu nervosismo foi-se esvaziando enquanto ouvia palavra por palavra por fim ela acrescentou: é só inveja, porém é necessário cautela. Pagou-lhe mais do que lhe cobrara.
Às pressa sentou no carro e foi a casa de Vitório.Agora confiante de que nada de mal lhe aconteceria .Bateu na porta e ela por si só abriu, viu uma tragédia. Anaí ,ensaguentada no chão sem vida. Atirou-se desesperadamente sobre ela. Aparece Vitório e  com vários tiros deixa-o sem vida. O amor é cego, não ouve, não sente, é escravo da paixão.

terça-feira, 10 de maio de 2011

UNIÃO DAS LINGUAGENS AUDITIVA, VISUAL E VERBAL

..."Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo."
                                      Clarice Lispector 

 Que mesmo em meio ao silêncio profundo

domingo, 8 de maio de 2011

A POESIA EM NOSSAS ESCOLAS

             Com a leitura do texto "Brincando com as palavras" percebe-se claramente que a aproximação com o mundo das letras, o ouvir histórias, versos, canções, todo esse incentivo que os alunos trazem de casa, os auxiliará durante toda a caminhada na escola. Esse "mundo da imaginação" que a criança "vive" nos primeiros anos de escola deve ser aproveitado ao máximo. Diferentes tipos de textos aguçam a criatividade das crianças. Adoram versos com rimas, cantos, que geralmente aprendem em casa com a família.
No entanto, para que elas se interessem realmente pela poesia é preciso que além da leitura também pratiquem a escrita da poesia. Uma técnica interessante é deixá-las escolher algumas palavras, por exemplo, dez palavras. Com estas palavras, num primeiro momento a criança brinca, joga, vai escrevendo sem se preocupar com a rima. Já num segundo momento, ela tenta procurar outras palavras que rimem com estas já escolhidas anteriormente. Dessa maneira tanto as crianças que nunca tiveram contato com poesias, como outras que já tiveram irão se sentir a vontade nesta brincadeira com as palavras.
As poesias em nossas escolas são pouco exploradas. Alguns alunos mesmo sem o incentivo familiar são capazes de realizar bons trabalhos brincando com sílabas, palavras, rimas, declamando ou cantando. O professor precisa oportunizar situações que coloquem a criança de forma prazerosa no contexto da "brincadeira", produção de trabalhos com rimas cantadas ou declamadas. Conforme a produção  dos alunos, podemos realizar encenações grupais ou individuais. As crianças se empolgam, levam a sério, melhoram a dicção, tornam-se mais comunicativas, mais espontâneas, tornam-se mais receptivas às idéias dos colegas. A poesia é uma forma de interpretar o mundo que nos rodeia. É um outro prisma  de comunicação e expressão.
Com certeza, a poesia traz consigo uma forma bem diferente de se expressar. E as crianças gostam de se envolver neste tipo de texto, onde as rimas, as lendas, a brincadeira com as palavras, tudo toma sua forma. Como no verso:
“Quero cantar e dançar
Tomar banho de chuva
Correr pela rua
Plantar um girassol (...)
(...) Quero ouvir muitas histórias...
E também contar as minhas!”
do livro Vida do meu jeito...Não importa como! de Léia Cassol e Giana Lorenzini, onde o sujeito descreve o que gosta de fazer.
O professor precisa levar a poesia para a sala de aula. Mas poesias ricas, interessantes, intrigantes, que apontam para o lúdico. Poesias com sonoridades, rimas, cadências, poesias desafiadoras, poesias que provoquem questionamentos, poesias que promovam jogo de interpretações.
Ao trazer a poesia para o contexto escolar o professor abre espaços para a imaginação, sensibilidade, interação e reflexão. E juntos, educador e alunos podem fazer jogos orais, brincadeiras rítmicas, jogos dramáticos, recitais, festivais e saraus, lendo, ouvindo, curtindo, construindo e desconstruindo. Afinal, para que servem as poesias?
E Sylvia Orthof nos diria:
"Ora, poesia é pra gente nadar dentro, ler, reler, ouvir. Tal como certas músicas, algumas poesias precisam ser conhecidas, relidas, ouvidas, bailadas... até tornarem-se frutas maduras do formar das delícias!".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...”

Mário Quintana